terça-feira, 16 de abril de 2013

Veja 10 motivos para não deixar o Imposto de Renda para a última hora


Esquecer gastos, errar ou não ter tempo para tirar dúvida são consequência. Se imprevisto ou congestionamento fizer perder o prazo, há multa.

A menos de 15 dias do fim do prazo para a entrega do Imposto de Renda, mais da metade dos contribuintes ainda não entregaram a declaração, segundo a Receita Federal. O Fisco recebeu 10.082.606 declarações do Imposto de Renda 2013 até as 16h desta segunda-feira (15), ou seja, faltam quase 16 milhões de declarações, dos 26 milhões de documentos esperados neste ano.

Deixar para entregar a declaração em cima da hora pode gerar muitos problemas aos contribuintes, dizem especialistas. Há risco de esquecer de lançar gastos que poderiam ser abatidos ou de pedir documentos. Além disso, com a grande procura pela ajuda de profissionais nesta época, pode ser difícil até tirar dúvidas sobre a declaração e mais ainda contratar um especialista para fazer a declaração de última hora. Abaixo, listamos 10 motivos para não deixar o IR para a última hora.

Ainda que se entregue a declaração com erros ou com falta de informações, a orientação é entregar dentro do prazo para evitar a multa, dizem os especialistas. “Mesmo que a entrega com pressa, em cima da hora, seja ruim, pior é deixar de entregar no prazo, aí vai haver multa”, diz o advogado tributarista Guilherme Monken, do Bergamini Advogados Associados.

1) Erros no preenchimento: a pressa aumenta a possibilidade de se cometer erros ao fazer a declaração. O contribuinte pode colocar como dedução algo indevido ou com valor errado, colocar rendimentos tributáveis em campos de não tributáveis ou mesmo esquecer campos, deixando em branco algumas informações.

2) Esquecer gastos: há possibilidade de esquecer de lançar gastos que aconteceram  em 2012 e que poderiam ser abatidos. “Além disso, se o contribuinte descobre uma nova dedução possível, pode não dar tempo de ir atrás”, diz a diretora de operações de conteúdo da Thomson Reuters, Juliana Ono. Como exemplo ela cita o lançamento de 1/5 das despesas domésticas no livro caixa de autônomos que trabalham em casa e a dedução de despesas com fonoaudiólogas como despesa médica.

3) Dificuldade de tirar dúvidas: a falta de tempo pode tornar impossível tirar dúvidas sobre o preenchimento. Pode não haver tempo para entrar no site da Receita ou de notícias para checar informações e os especialistas podem não ter tempo para responder na reta final da entrega por conta do volume de declarações.

4) Sem tempo para pedir documento em falta: dependendo da correria para entregar, pode não haver tempo para pedir documentos que o contribuinte só percebeu que precisava quando foi preencher a declaração. Nem todos os documentos são rápidos ou instantâneos para serem retirados. “Há documentos que podem demorar uma semana ou até duas, a depender da origem. Alguns exemplos são o contrato de compra e venda de imóveis e automóveis, nota fiscais de escolas, centros médicos, que podem demorar dias ou até semanas”, diz Welinton Mota, tributarista da consultoria Confirp.

5) Mais risco de cair na malha: a maior tendência de cometer erros em função da pressa aumenta o risco de o contribuinte cair na malha fina.

6) Atraso e multa: deixar para depois pode fazer o contribuinte perder o prazo e acabar tendo de pagar multa. Ter o tempo contado deixa o contribuinte sujeito a imprevistos – tanto ligados à declaração quanto relativos à vida pessoal e profissional – que podem impedi-lo de entregar o IR até o dia 30 de abril. Após este prazo, há multa de 1% por mês-calendário ou fração de atraso sobre o total do imposto devido, e o valor mínimo é de R$ 165,74. No máximo, o contribuinte vai pagar 20% do imposto sobre a renda devido.

7) Difícil contratar um especialista: se o preenchimento da declaração estiver muito complexo e o contribuinte resolver que é melhor pedir ajuda, pode ser difícil contratar profissional. Há grande número de contribuintes que terceirizam a declaração, e a demanda por profissionais é muito alta nesta época.

8) Rede congestionada: a entrega da declaração nos últimos dias do prazo pode fazer o contribuinte enfrentar congestionamento de rede. A receita vem desenvolvendo outras formas de envio como tablet e celular, mas a maioria dos contribuintes ainda envia a declaração tradicional pela internet. Como a maior parte deixa para entregar nos últimos três dias, o contribuinte pode enfrentar lentidão no sistema – impedindo de entregar no prazo ou gastando mais tempo com isso, diz o tributarista da consultoria Confirp.

9) Demora para receber restituição: a Receita analisa as declarações por ordem de chegada, por isso a fila para receber o dinheiro já vai estar grande quando as últimas declarações chegarem. Há contribuintes, no entanto, que preferem ser os últimos para que o dinheiro da restituição seja corrigido por mais tempo com base na Selic (que está rendendo bem acima da poupança).

10) Documento muito importante: o IR é um documento importante demais para fazer com pressa. A declaração é mais do que um acerto de contas com a Receita (o que já faz com que tenha grande valor), registra também a situação de renda e é requerido para financiamentos de carros e habitação. “Além de ser um documento que apura a situação de renda no ano, ele demonstra a situação patrimonial da pessoa”, diz Juliana Ono.

Fonte: G1.com

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