A Receita
Federal aplicou um auto de infração ao Itaú Unibanco cobrando do maior banco
privado do País cerca de R$ 18,7 bilhões - R$ 11,845 bilhões em Imposto de
Renda, além de R$ 6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
acrescidos de multa e juros.
O montante é
referente a valores que o banco teria deixado de recolher em 2008, quando
ocorreu a associação entre os conglomerados financeiros Itaú e Unibanco. O banco
diz que contesta a medida.
Esta
autuação representa quase o triplo que o Itaú Unibanco obteve de lucro no
primeiro semestre de 2013 - R$ 7,1 bilhões. Esta é a primeira vez que uma
instituição financeira do porte do Itaú recebe um autuação desta proporção,
feita por um órgão cujo corpo técnico não deixa sombra de dúvidas sobre sua
seriedade.
É um
excelente momento para o empresariado fazer uma reflexão. Comprovada a
sonegação, o funcionário responsável por esta falha deve ser demitido e as
circunstâncias do fato devem ser colocadas às claras. O Itaú Unibanco - que teve
sua agência da Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, depredada por manifestantes
durante recentes protestos - deve ficar atento e reagir contra supostos
"vandalismos" em suas próprias contas.
E se espera
também que a Justiça não se esqueça de que as medidas da Receita Federal não são
determinadas por homens neófitos e que não conheçam as sutilezas do mundo
econômico.
Fonte: Jornal Contábil
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