Mesmo com a desoneração da folha de pagamentos, que reduziu a tributação para alguns setores da economia, ainda houve impacto no emprego, seja pela demissão, como no caso da indústria têxtil, ou pela menor contratação, a exemplo da indústria eletroeletrônica.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Aguinaldo Diniz Filho, que se reuniu nesta quinta-feira (28) com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, o setor demitiu sete mil funcionários no ano passado. As demissões aconteceram apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter dito que a contrapartida da desoneração seria a manutenção do nível de emprego.
"Houve ganhos, mas não o suficiente para enfrentar a concorrência predatória dos importados. Em 2012, as importações de produtos têxteis subiram 20%. A demissão é lamentável, mas é pequena perto do estoque total de 1,7 milhão de empregos criados pelo setor", disse Diniz Filho, acrescentando que não há uma "contrapartida escrita" de manutenção do emprego.
No caso da indústria de eletroeletrônicos, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, informou que não houve demissões no ano passado. Entretanto, a criação de empregos recuou. Em 2011, o setor abriu mais de 10 mil vagas, caindo para três mil empregos criados no último ano.
"O setor já está respondendo fazendo com que o seu produto seja mais barato. No ano passado, a inflação do setor foi de 2,74% [abaixo de índices oficiais]. Se não houvesse essa medida [desoneração da folha], nem estes três mil empregos seriam criados. Em 2012, o faturamento do setor cresceu 5%, mas o nível de atividade recuou 8%", declarou Barbato, explicando que o aumento de importações respondeu por este quadro. Ele disse ainda esperar um câmbio mais desvalorizado no futuro para proporcionar mais competitividade ao setor, com o dólar operando ao redor de R$ 2,30.
Em troca dos 20% do pagamento da contribuição das empresas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos pagam o equivalente a entre 1% e 2% de seu faturamento. Ao tirar tributos incidentes sobre os salários dos trabalhadores, o governo busca estimular a geração de empregos no país e melhorar a competitividade das empresas brasileiras.
Fonte: G1
Escrito por: Alexandro Martello
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Aguinaldo Diniz Filho, que se reuniu nesta quinta-feira (28) com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, o setor demitiu sete mil funcionários no ano passado. As demissões aconteceram apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter dito que a contrapartida da desoneração seria a manutenção do nível de emprego.
"Houve ganhos, mas não o suficiente para enfrentar a concorrência predatória dos importados. Em 2012, as importações de produtos têxteis subiram 20%. A demissão é lamentável, mas é pequena perto do estoque total de 1,7 milhão de empregos criados pelo setor", disse Diniz Filho, acrescentando que não há uma "contrapartida escrita" de manutenção do emprego.
No caso da indústria de eletroeletrônicos, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, informou que não houve demissões no ano passado. Entretanto, a criação de empregos recuou. Em 2011, o setor abriu mais de 10 mil vagas, caindo para três mil empregos criados no último ano.
"O setor já está respondendo fazendo com que o seu produto seja mais barato. No ano passado, a inflação do setor foi de 2,74% [abaixo de índices oficiais]. Se não houvesse essa medida [desoneração da folha], nem estes três mil empregos seriam criados. Em 2012, o faturamento do setor cresceu 5%, mas o nível de atividade recuou 8%", declarou Barbato, explicando que o aumento de importações respondeu por este quadro. Ele disse ainda esperar um câmbio mais desvalorizado no futuro para proporcionar mais competitividade ao setor, com o dólar operando ao redor de R$ 2,30.
Em troca dos 20% do pagamento da contribuição das empresas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos pagam o equivalente a entre 1% e 2% de seu faturamento. Ao tirar tributos incidentes sobre os salários dos trabalhadores, o governo busca estimular a geração de empregos no país e melhorar a competitividade das empresas brasileiras.
Fonte: G1
Escrito por: Alexandro Martello